segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Evangelho de Mateus - Capítulo Vinte ao Vinte e Dois

Em Mateus 20, temos registrada a parábola do dono de casa que saiu de madrugada para
assalariar trabalhadores para a sua vinha, ajustando o salário de um denário ao dia. Mateus é o único dos Evangelistas que se refere a esta parábola, e a sua pertinência ao lugar que ocupa no evangelho dele é mais do que evidente. Ela salienta uma característica do reino de Cristo. Essa parábola nos diz como, ao final do dia, quando os trabalhadores vieram receber o salário
combinado, houve murmuração entre eles, porque os contratados na décima primeira hora
receberam o mesmo que aqueles que trabalharam durante o dia todo. De fato, não há nada
novo debaixo do sol; eis a insatisfação dos trabalhadores já no primeiro século! O Proprietário da vinha Se justifica lembrando aos trabalhadores descontentes que Ele pagou a cada um aquilo que eles concordaram em receber, e depois perguntou: "Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu?" Ele agiu, assim, como Soberano, segundo o Seu direito de pagar aquilo que Ele quisesse, sem prejudicar a ninguém por fazê-lo.

Mateus capítulo vinte e dois
Em Mateus 22, encontramos a parábola das bodas do filho do rei. Uma parábola muito
semelhante a esta nós encontramos no Evangelho de Lucas e, ao mesmo tempo que há vários
pontos semelhantes entre elas, contudo há algumas diferenças evidentes. Em Lucas 14.16,
lemos: "Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos", enquanto em Mateus 22.2
lemos: "O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho". No final
desta parábola, em Mateus, aparece algo que não tem nenhum paralelo em Lucas. Aqui se lê:
"Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia
veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu.
Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes" (22.11-13). Não precisamos nem mencionar como isso
evidencia a autoridade do rei.

Por Que Quatro Evangelhos? — A. W. Pink 

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